Nossa coluna Personalidade da Semana desta edição conta a história de Yara Bianchi
Pinseta, nascida em 13 de junho de 1938 em Candido Rodrigues-SP, próximo a Taquaritinga-SP. Filha de Dante
Pinseta e Edith Bianchi Pinseta, dedicou sua vida a educação.
Fez o primário onde nasceu e aos 9 anos e meio foi para Taquaritinga, oportunidade em que se formou em 1955 pela
Escola Normal 9 de Julho. “A vida antigamente era muito difícil tanto para estudo quanto para trabalho. Depois
que me formei fui para Uchôa-SP trabalhar como professora substituta, lecionava em escola noturna para fazer
ponto para ingressar na carreira pelo Estado”, conta Yara.
De lá foi para a Escola Mista da Fazenda Bagre, em Nova Aliança. “Fui transferida para São Paulo e consegui que
fechassem a escola mista e se transformasse em escola de emergência e a professora que trabalhasse lá ganharia
férias e benefícios como se fosse efetiva, pois na época eu morava em uma casa há 2 km de lá e ia a pé”, lembra.
Formou-se em Letras – Português e Inglês em 1977 e em Pedagogia no ano de 1983, as duas graduações pela
Faculdade da Zona Leste de SP.
Lecionou na Escola Estadual do Jardim Popular, zona leste de São Paulo. Ingressou como diretora na Escola
Professor Luiz Gonzaga de Carvalho Melo em 31 de janeiro de 1983. Também exerceu a função na Escola Estadual
João Ramaciote em Itaquera.
Casou-se em 15 de junho de 1985 com o também professor Oto Bento Costa (falecido há um ano e quatro meses).
“Ficamos casados por 35 anos, ele se dedicou muito a educação igual eu e ainda trabalhou com assistência social,
foi diretor da SOPROCAN”, destaca Yara.
Moraram em São Paulo mais de 20 anos. Lecionou pelo Estado e pela Prefeitura, oportunidade em que teve duas
aposentadorias. “A prefeitura de SP remunera muito melhor o professor do que o Estado, por ser um núcleo menor
tem mais assistência as escolas”, diz.
Ela diz como foi sua postura em sala. “Como professora eu tentei sempre me relacionar carinhosamente com meus
alunos tanto que até hoje através do facebook alguns se comunicam comigo, até me emociono. E como diretora
trabalhei em escola grande e na pequena são bem diferentes”, disse.
Yara faz um comparativo com a educação de hoje. “Comecei na época em que todas as escolas eram de madeira. Hoje
tem muito mais recursos, mas os professores de 1ª a 8ª série são mal remunerados, o que está fazendo com que
menos pessoas se interessem pela área. Louvo hoje em dia os créditos para estudante, pois a maioria da população
tem dificuldade econômica e os estudos estão muito caros. Acredito ainda que as questões políticas e sociais
nunca serão resolvidas se não tivermos gente mais preparada educacionalmente”, avalia.
Assim que se aposentaram, o casal veio para Nhandeara. “Já vínhamos esporadicamente pra cá desde 1985, mas em
1994 viemos para morar. Meu marido era nascido aqui e tinha uma verdadeira paixão pela cidade”, explica.
Sempre juntos, acompanhou seu esposo nos trabalhos sociais e fez com que ele estudasse piano durante 15 anos em
Rio Preto. “Sempre acompanhei ele em muitos trabalhos. Fez um trabalho muito bonito e reconhecido aqui, pois até
hoje tem pessoas que vem aqui e ainda lembram”.
Como professora, Yara ainda conserva o hábito da leitura. Gosta muito de viajar, fez diversas viagens e passeios
com seu esposo pelo país e conheceu lugares lindos. É católica praticante, mas respeita todas as religiões.
Atualmente tem ido fazer cursos em Rio Preto e Votuporanga.
“Gosto muito de Nhandeara, não saio daqui pelos grandes amigos especiais que aqui tenho. Meu marido tem muitos
parentes aqui, que também são muito próximos de mim. Gostaria de agradecer a gentileza de quem me indicou para
ser entrevistada, o Dr. Laci, e a gentileza de vocês do Jornal A Voz do Povo, pois vocês são muito especiais.
Que Deus abençoe a população dessa cidade e em especial aos que são bem próximos de mim”, finaliza Yara.