quarta-feira, 4 de dezembro de 2024   | : :
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Waldemar Barnabé relembra a época em que serviu ao exército e tinha uma padaria em Nhandeara

Personalidade da Semana



Waldemar Barnabé relembra a época em que serviu ao exército e tinha uma padaria em Nhandeara

Waldemar Barnabé nasceu em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto, dia 04 de novembro de 1923. Segundo filho de dez, que o casal Barnabé Aristides e Duzolina Pignata Barnabé teve, serviu ao exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial.

“Fui para o exército em Tupã com 18 anos, depois fomos para uma alteração de japoneses e fomos combater e fiscalizar”, lembra-se.

De família humilde, enquanto servia ao exército, garantia o crédito a comida que o governo cedia a família dos militares, aprendeu a ler e escrever, e ficou até Terceiro Sargento. “Eu fazia instrução de todo tipo, infantaria, artilharia, fazia a disposição de tudo que era serviço, cerca, esconderijo, trabalhava em trincheira. Tinha horário para entrar, levantar, horário para tudo, nunca podia dormir sossegado, pois tinha que estar sempre atento por causa da guerra”, diz.

Com o fim da guerra, recebeu o convite do irmão Antônio Barnabé para vir para Nhandeara trabalhar na algodoeira Anderson Clayton. Chegou em 1946 e trabalhou quase dois anos na algodoeira, depois trabalhou na Prefeitura da cidade, auxiliando o Dr. Percival Costa, agrônomo da Casa da Agricultura. “Logo que vim para cá, bastante gente me ajudou, tive muita sorte”.

Casou-se com a professora Evandith de Oliveira Barnabé (in memoriam há 4 anos), em 12 de setembro de 1948. Tiveram sete filhos, Marina, Waldemar, Marco, Fernando, Evandro, Zé Luiz e Marisa. Tem 17 netos e 11 bisnetos.

Juntos montaram um comércio, por volta do ano de 1954, era uma mercearia, café e sorveteria ficava localizado na Rua 15 de Novembro, 1156, onde também funcionava o embarque/desembarque de ônibus, a “rodoviária”. “Tinham os comerciantes que eram do meu tempo, Pario Moscheta, a venda do Sr. Zé Spolon, Bar do Onofre e João Barbeiro”, conta.

Nesta mesma época, foi trazida a primeira banca de revista, que também funcionava dentro do comércio. No início dos anos 1960, o comércio foi transformado em padaria, onde ficaram na frente dos negócios até 1989, quando decidiram arrendar o ponto.

“No tempo da padaria eu tocava um sítio também e ainda tenho propriedades em General Salgado e no bairro São Benedito em Nhandeara. Ia no sítio com frequência, buscava lenha como uma perua, mas parei há uns 10 anos e há 8 fechei a padaria. Tinha gado, mas agora arrendei para cana-de-açúcar”.

Foi comerciante forte em Nhandeara e entregava pão também na região, em Floreal, Gastão Vidigal, Magda e Ida Iolanda. Teve ainda uma padaria em General Salgado, onde dois irmãos moravam. Também trabalhou de servente de pedreiro na construção da Igreja de Nhandeara.

Ficou muito conhecido e fez muitos amigos. “Gostei de morar aqui, estou ficando bastante tempo”, finaliza.

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