Mário Natalino Garisto, nasceu em 25 de dezembro de 1944, em Nhandeara. Durante seus quase 70 anos, sempre curioso, aprendeu muito através de livros e é um profundo conhecedor de ótica, além de ter como hobby, inventar.
Começou a trabalhar muito cedo, com 10 anos e durante 7 anos conseguiu muita experiência para abrir seu próprio negócio, iniciando, ainda menor, como joalheiro e relojoeiro. “Não tinha nenhum comércio na rua em que morávamos e então resolvi iniciar o negócio, em 02 de agosto de 1962”, afirma Garisto.
Ao longo de sua jornada, participou da fundação do Lions Club de Nhandeara, é Maçon e ajudou a fundar 5 lojas maçônicas.
Ótica
Nos anos 70 se formou em Optometria pela Escola Técnica Federal de Belo Horizonte. Fez ótica física no SENAI Dom Pedro, oportunidade em que conheceu Décio Fernandes Vasconcelos, que o convidou para fazer os cursos de ótica instrumental e ótica industrial.
“Uma vida cercada em ótica, me dediquei demais, é uma coisa que adoro. Tenho coleção de diplomas técnicos, inclusive internacionais. Tudo que aparecia eu fazia”, lembra.
Ao longo de sua carreira, acumulou amigos e não clientes em sua ótica. “O atendimento é o mesmo para quem compra óculos baratos ou caros. Dificilmente as pessoas vem fazer orçamento, já vem com ideia fixa, pois prezamos por trabalhar sempre com honestidade, presteza e companheirismo”, prega Garisto.
Entre as muitas histórias, acumulas algumas pitorescas, entre elas, de uma senhora de Araçatuba que não se acostumava com óculos bifocais. “Um dia chegou uma senhora aqui de Araçatuba, é um fato pitoresco, reclamou que foi mandada para Nhandeara para comprar óculos, eu expliquei que não é pelo tamanho da ótica, nem por beleza e sim pela tecnologia utilizada. Fiz os óculos. A mulher veio buscar, tirou da bolsa um crochê de linhas brancas e começou a fazer, ela nem percebeu o tempo passar de tanto que estava confortável com os novos óculos. Gostou tanto que voltou várias vezes para fazer óculos conosco”, conta.
“Em Nhandeara as pessoas falam quando pegam uma receita, leva no Mário Garisto, se ele não der conta, ninguém faz”, orgulha-se o optometrista.
Invenções
Por ter muito conhecimento e amar as ciências exatas, como, matemática e física, desenvolveu como hobby, fazer invenções.
Obteve a patente número 1 de Nhandeara com um aparelho para oftalmologia. “Fiz um cômodo no sítio em que moro e lá desenvolvo alguns projetos meus, são sonhos”, conta Garisto.
Em sua oficina já desenvolveu diversos projetos, entre eles: conseguiu tirar energia da água fazendo inversão de partícula; fez gás hélio no quintal; projetor de som chamado 360 graus; alternador que produz 34 volts e pode ser rodado com arame de gaiola, utilizando o princípio do trem bala; hélice inteligente que abre à medida que o vento aumenta; entre outras.
“Há 20 anos comecei a pesquisar sobre hidrogênio e consegui fazer combustível através da água, tirava hidrogênio da água. Desenvolvi uma bomba que não tem pressão, bomba elevatória, chega e joga dentro do rio, consegui elevar 1,5 metros, só jogar na água e já está funcionando, sem energia”, destaca o optometrista.
“Vou vivendo, lendo e associando uma coisa com outra, é fantástico. Gosto disso, isso pra mim é fascinante. O que eu mais gostaria é fazer essas ideias virarem realidade e muitas outras que quero fazer, para isso peço mais uns 300 anos de vida”, brinca Garisto.