Jorge Vian nasceu em 01 de maio de 1937, na Fazenda Cachoeira, em Monte Aprazível. Lá morou por 12 anos, frequentou o começo do primário e se
mudou com a família para Nhandeara, no dia 10 de agosto de 1949.
No município terminou os estudos até a quarta série da época. Aos 19 anos serviu ao Tiro de Guerra, em Monte Aprazível.
Casou-se em Nhandeara no dia 15 de setembro de 1960 com Alba Brigati Vian. Tiveram três filhos, José Luiz Vian, Miguel George Brigati Vian e Sandra Cristina Vian. Têm cinco
netos e três bisnetos.
Em 1972 mudou-se para Rio Preto e lá trabalhou como caminhoneiro e também passou a comprar materiais de construção e revender. “Estava dando certo, mas meu pai adoeceu e
voltamos aqui para Nhandeara. Ele tinha uma propriedade rural boa e ia parar de mexer. Cultivávamos café e lavoura de milho, arroz, feijão e também tinha gado. Meu pai doou o
sítio para os filhos, fiquei com uma parte e depois doei para meus filhos também”, conta Vian, que já foi tratorista, caminhoneiro, boiadeiro e retireiro.
Ele ainda lembra uma curiosidade. “Sempre ajudei meu pai e trabalhei por minha conta também. Nunca fui empregado de ninguém”, diz. Trabalhou até pouco tempo. “Parei há quase
dois anos, agora faço pouco no sítio, os filhos não deixam fazer coisas pesadas”.
Preza muito pela família. “Graças a Deus criei uma família muito sadia, todos muito bem-educados, ninguém desviou. Sempre tivermos religião, íamos muito na igreja e Deus
colocou eles no rumo certo. Vivemos sempre unidos, inclusive os irmãos”.
Vian fala sobre uma um grupo que mantém com amigos. “Tenho um grupo de amigos e fazemos uma seresta (serenata) na casa dos amigos quando fazem aniversário, casamento. Vamos
para Neves Paulista, Votuporanga, General Salgado e não cobramos nada, somente os custos com despesa para ir até o local e refeição. Nós somos em dez. Cantamos no último
final de semana no aniversário de 50 anos de casado do nosso sanfoneiro”, disse ele, que além de cantar, também toca violão.
“Nosso grupo surgiu na Associação Antialcoólica, nós éramos voluntários lá. Fiz uma intenção, enquanto eu viver, nós vamos canta música de moda sertaneja antiga. Isso por um
irmão meu que bebia e nós nem conversávamos. Esse meu irmão não foi na Associação, mas parou a bebida e voltamos a conversar. Ele faleceu faz 8 anos”, explica.
Após mais de 50 anos de união com Dona Alba, Vian diz que a vida valeu a pena. “Minha vida sempre foi boa, sempre para frente. Adotamos Nhandeara em nosso coração, sempre
recebemos bastante visitas em casa graças a Deus. Em Monte tenho bastante parentes e as vezes vou visitá-los.