sexta-feira, 15 de novembro de 2024   | : :
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Dona Benigna conta um pouco de sua vida em Nova Luzitânia

Personalidade da Semana



Dona Benigna conta um pouco de sua vida em Nova Luzitânia

Benigna Maria Jesus, nasceu em 24 de junho de 1932, em Sergipe-SE. Morou lá por 20 anos e não teve estudo.

Casou-se com a mesma idade no cartório de Brioso (hoje Gastão Vidigal) com Benigno Pereira da Costa (in memoriam há 23 anos), com quem teve quatro filhos, Antonia, Odair, Valdira e Jair, 7 netos e 6 bisnetos.

Desde que chegou de Sergipe foi morar em Cabajá (Nova Luzitânia). “Morei por 14 anos no síito do Paula e foi bom. O dono do sítio aposentou eu e meu marido e se não fosse isso, não sei como eu vivia. Agradeço a Zina da farmácia que também ajudou”, lembra.

Ela conta um pouco das dificuldades para criar os filhos. “Para criar os quatro, passamos muita fome, não tinha roupa para vestir e nada. Cada vez que ficava de dieta após o parto, meu marido não tinha como comprar o que era certo para comer. Ele trabalhava na plantação de algodão e milho. Mas graças a Deus deu tudo certo, a pessoa se apegando com Deus, Ele sempre socorre e dá tudo”, diz.

Benigna lembra de como eram Nova Luzitânia e Gastão Vidigal. “Ali na igreja quando eu cheguei tinha uma padaria feita de tijolo sem rebocar e duas casas ao lado praça, mais duas lojas, ali ficava carneiro, égua, cavalo. Vinha direto a pé comprar coisa na vila e voltava com saco de compra na cabeça. Em Gastão quando eu casei, os padrinhos foram a cavalo, tinha duas paineiras no canto do Brioso, o pessoal amarrava os cavalos na raiz da paineira, tinha apenas três casas perto da praça. Olha onde os municípios foram parar”, surpreende-se ela.

Há muitos anos em Nova Luzitânia, viu passar muitos prefeitos e elege um que mais gostou. “É assim cada prefeito tem um modo, tem uns que cuidam de umas coisas melhores e outros que não cuidam bem, o finado Zito foi o melhor prefeito que teve em Nova Luzitânia, ele dava terreno para todo mundo, eu era aposentada e podia ter pedido um terreno para ele para ter uma casa minha, pois pago aluguel. Ele fazia para os pobres mesmo, os outros que entraram não fizeram o que ele fazia”, afirma Benigna.

Ela diz que apenas um setor ainda precisa melhorar na cidade. “O atendimento médico aqui precisa melhorar, principalmente para solicitar exames, que demora muito. Tirando isso, está tudo muito bom”, analisa.

Com muita alegria, Benigna fala de um hobby que tinha. “Durante 18 anos eu dancei baile, acompanhava em General Salgado, Auriflama, Ponta Linda, Floreal, Nhandeara e Magda, mas parei faz dois anos”, orgulha-se.

Também se tornou uma pessoa muito bem quista no município. “Conheço muitas pessoas em Nova Luzitânia e elas me conhecem, gosto de todos e eles gostam de mim. Essa é a minha cidade. As vezes meu irmão que mora em General Salgado chama a gente para voltar pra Sergipe, mas eu nunca quis voltar. Eu digo, Vital se eu for pra Sergipe eu não acostumo mais”, conclui.

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