segunda-feira, 2 de dezembro de 2024   | : :
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Casal de Nipoã compartilha conquistas na administração do município

Personalidade da Semana



Casal de Nipoã compartilha conquistas na administração do município

Nossa coluna desta edição conta a história de José Glerian, nascido em Cajobi em 17 de fevereiro de 1931 e Irene Stanzani Glerian, nascida em Bebedouro em 04 de julho de 1931. O casal compartilha as conquistas que tiveram a frente do município de Nipoã.

Casados desde 23 de dezembro de 1950, tiveram seis filhas, Maria de Lourdes, Maria Lucia, Maria Tereza, Maria Izabel, Maria Regina e Maria Mercedes. Têm onze netos e nove bisnetos.

Chegaram em Nipoã no mesmo ano do casamento e moravam na área rural, apenas 5 km da cidade. Os dois estudaram até a quarta série. José trabalhava no sítio do pai, onde plantava café, trabalhava com capineira de tratar gado, cerca, curral, barracão, tirava leite e o entregava no laticínio. Enquanto isso, Irene tinha seus afazeres domésticos e cuidava dos filhos.

Glerian entrou na disputa política e diz que na época votava separado para os cargos de prefeito e vice-prefeito. “Fui por duas vezes eleito vice-prefeito. E uma vez prefeito, na época com mandato de 6 anos, no ano de 1982”, afirma.

Junto com a esposa, começaram a trabalhar pelo município e as conquistas foram aparecendo. Não tinha creche em Nipoã, realizaram uma festa de peão e com o dinheiro compraram um prédio. Comprou o terro do CCI (Centro de Convivência do Idoso) e fez o lançamento da pedra fundamental (a obra foi concluída em outra administração). Adquiriu dois caminhões e carro oficial para o gabinete. “Os caminhões até hoje estão em uso no município. Comprei também uma retroescavadeira 0 km para fazer o encanamento de água, fiz poço artesiano na prefeitura, lavador de carro, guias e sarjetas. Naquele tempo o Governo não ajudava muito a prefeitura, diferente de hoje que ajuda, dá veículos. Era bem mais difícil administrar, hoje está uma beleza”, avalia.

As conquistas não pararam aí. Construiu a capela do Cemitério Municipal, onde reza a missa. Trouxe um médico residente para o município. Comprou o relógio para a torre da igreja. “Naquele tempo a torre da igreja não tinha relógio e quem comprou foi o município, através de festas e quermesses”, recorda Glerian, que foi por 8 anos presidente de festas da igreja.

Como primeira dama, Irene trabalhou os 6 anos com muito empenho ao lado do esposo. Tomava conta da creche, que chegou a atingir 80 crianças matriculadas. Ajudava a organizar a festa do peão, que tinha renda revertida para a creche. Dava cestas básicas as pessoas necessitadas. Ajudava com remédios e também realizava campanha do agasalho, inclusive na época do frio saía pedindo nas fábricas retalhos e os repassava a uma costureira que fazia agasalhos, que eram entregues para pessoas carentes.

“Fundei o Fundo Social de Solidariedade de Nipoã, na época em parceria com a primeira dama do Estado Lucy Montoro. Ajudei muitas pessoas a fazer cirurgia e também as mães ganharem seus nenéns, que era muito difícil. Tínhamos uma horta comunitária que fornecia a escola, creche e as pessoas mais necessitadas e também ajudamos muito o asilo de Monte Aprazível”, lembra Irene.

Com poucos recursos, ajudou a socorrer muita gente. “Quando não tinha ambulância e tinha que levar um munícipe no hospital, pegava a pessoa no colo e levava para atendimento, muitas vezes eu levei com carro do gabinete e eu mesmo levava, o município não tinha condições era muito carente e tínhamos que levar para Monte Aprazível”, lembra Glerian, que na época também fez convênio com o Centrinho de Bauru para tratamento de pessoas com fissura labiopalatina.

Irene lembra dos cuidados com a visão. “Oferecíamos toda assistência oftalmológica as pessoas. Pagávamos a consulta para a pessoa e dávamos os óculos”, diz.

As crianças do município também recebiam presentes no Natal. “Todos os anos dávamos brinquedos para as crianças, para os meninos bola e para as meninas bonecas, no total eram mais de mil brinquedos. E tem gente que tem até hoje guardado, não era bonequinha não, eram grandes. As crianças me tratavam como mãe”, orgulha-se Irene.

Segundo o casal, as pessoas os consideram como “tesouros” do município e lembram muito da administração que tiveram, inclusive são muito queridos na prefeitura. “Gostamos muito da cidade. Temos mais da metade da vida aqui, criamos nos filhos e eles se casaram aqui. Agradecemos a todos pelo carinho que tem até hoje o a gente, nossas amizades, pois graças a Deus recebemos bastantes visitas aqui. Dizemos que é difícil alguém que não tenha passado para tomar um cafezinho com a gente”, finalizam.

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