quarta-feira, 11 de dezembro de 2024   | : :
banner-728x90.png

Carmem do Carmo conta um pouco de sua vida e paixão pelo magistério

Personalidade da Semana



Carmem do Carmo conta um pouco de sua vida e paixão pelo magistério

Nossa Personalidade da Semana desta edição é Carmem Eugênia Gonçalves do Carmo, nascida em 16 de junho de 1945, em Mirassol, cidade em que morou até se casar e vir para Nhandeara. “Mas eu sou nhandearense de coração”, define-se.

“Morei em Mirassol, uma cidade bastante elitista e fiquei lá até entrar para faculdade filosofia, ciência e letras de São José do Rio Preto, hoje IBILCE-UNESP”, conta Carmem, que se formou em Letras, Português e Francês, em 1967.

Casou-se em 1971 com Valdemar do Carmo, segundo tenente da reserva e advogado, com quem teve duas filhas, Maria Rosa do Carmo Serezini (casada com João Reinaldo Serezini) e Maria Angélica do Carmo, que lhe deu dois netos, José Carlos e Jordana Maria.

Em 1968 foi para General Salgado e lá ficou por 10 anos. “Cidade que eu gosto muito e conservei muitas das amizades”, diz.

Em 1979, ingressou em Nhandeara na Escola Joaquim Fernandes de Melo, como efetiva. Trabalhou 26 anos no estado como professora de português e orientadora técnica de português na então delegacia de ensino de Nhandeara, hoje diretoria. Trabalhou 7 anos no Colégio Objetivo, época da saudosa Evani Brasil, sendo hoje uma das mantenedoras da escola, junto com suas filhas. “Quando trabalhei como orientadora técnica de português o trabalho era com os professores, motivá-los, trazer sugestões, enfim, despertá-los para o ensino da língua, para a comunicação efetiva com os alunos”, lembra. Ela ainda diz gostar muito de leitura. “Gosto muito de ler tanto textos literários como jornais e revistas. E ainda me atualizando a respeito do ensino da língua portuguesa. Lecionei no objetivo no ano de 2014”, completa.

“Ser professora de português foi uma grande realização, porque eu amo o magistério, amo a nossa língua e procurei fazer com que os alunos sentissem o gosto pelo estudo da língua, pela leitura e principalmente pela interpretação de textos”, destaca Carmem, que se aposentou pelo estado.

Hoje trabalha na casa espírita Allan Kardec. “Porque acredito no despertar e na transformação do ser humano através do AMOR, do PERDÃO, da GRATIDÃO e da CARIDADE”, afirma Carmem.

Carmem diz que um dos bens que mais valoriza é a amizade. “Aqui em Nhandeara tanto na escola, cidade e casa espírita, tenho grande facilidade na comunicação e cultivo muitas amizades, principalmente com professores da minha época de trabalho, tanto quanto os de hoje aqui do objetivo, pois acho que temos necessidade de amigos, de bons conselheiros e também amizade com alunos e ex-alunos, que hoje são médicos, advogados, bancários”, disse.

Ainda mantém contato com ex-alunos. “Me encontro e comunico através do facebook com ex-alunos de General Salgado e aqui em Nhandeara quando encontro-os, é com grande alegria porque era uma época em que o professor era valorizado e respeitado. Lembro-me com muita saudade de muitos alunos como: Michel Tarran, Dr. Marcos Leite, Sérgio Rodante, Dr. Eduardo Mangolin, Dr. Fernando Mangolin, Dr. Hélio Scatamburlo, Carlos Tirapeli, Dra. Carla Mantovam, Dra. Giovana da Silveira, Marcelo Domingues, Adriano Basso, Toninho Lourenço, entre outros”, conta ela, que no Colégio Objetivo lecionava para os filhos de seus ex-alunos.

No entanto, faz menção sobre a escola dos dias de hoje, que na sua opinião é bem diferente. "Com a mudança da família houve uma reviravolta na sociedade, os valores hoje são muito diferentes e a escola muitas vezes se torna uma forma assistencial para o aluno. Os professores muito desvalorizados já não têm aquela paixão pela sala de aula, o que tornou a escola um lugar de violência, onde muitas vezes o conselho tutelar precisa estar presente para que o professor possa dar aula. Com o advento da internet, perdeu-se o prazer pela leitura e a tecnologia a serviço tem tirado do aluno muito do interesse que ele tinha pela escola”, avalia.

Hoje seu dia-a-dia varia entre visita aos netos, bate-papo com amigas, bordado, viagens e ir ao colégio para que continue se sentindo parte dele como professora. “Estar em sala de aula para o professor é gratificante porque ele se renove, juntamente da energia que os alunos adolescentes emanam”, descreve. Carmem ainda exalta seu gosto pelo município. “Quero continuar morando aqui, porque acho a cidade muito tranquila, acolhedora e já fiz até um testamento (brincadeira) que eu quero ser enterrada aqui”, finaliza.

Comentar

Compartilhar


Top