Bartolomeu Piemonte Alves nasceu em Nipoã em 25 de dezembro de 1944. Filho de Antônio Alves e Lídia Rampim Alves, foi criado no sítio, onde trabalhou na lavoura e estudou até
a quarta série da época.
Casou-se com Vera Madalena Manzano em 16 de dezembro de 1967. Da união tiveram um casal de filhos, Joelma Fatima e Sergio. Têm quatro netos, Paulo Sergio, Giovana Cristina, João Guilherme e José Vitor.
“Casei e vim para Nipoã para trabalhar na Fazenda Santa Malha, que era do meu sogro. Ali fiquei por 32 anos e depois herdei uma parte que leva o nome de Sítio Santa Madalena, atualmente arrendado para
cana. Também possuo o Sítio São Gabriel, que era dos meus pais, lá crio gado para corte”, lembra Alves.
Após anos como agricultor resolveu ingressar na política, oportunidade em que teve oito gestões consecutivas como vereador. “Ingressei em 1964 e fiquei 34 anos como vereador, peguei duas gestões de 3
anos, duas de 6 anos e quatro de 4 anos. Fui presidente da Câmara várias vezes e até recebi homenagem da Câmara por ter sido o vereador que mais fez o uso do cargo no legislativo”, destaca Alves.
Honestidade foi e sempre será sua marca. “Sempre trabalhei em defesa do município e graças a Deus tenho minhas mãos limpas, sempre com dignidade, nunca enganei ninguém e tenho o prazer de ser assim. Com
honestidade defendi o interesse do município, procurei atender mais as pessoas carentes, tudo que a gente via que era necessário e ia beneficiar a gente procurava fazer. Meu modo de ser ficou marcado
pela honestidade e valeu a pena, pois até hoje as pessoas comentam”, diz.
Ele ainda fala sobre a dificuldade em ser vereador naquela época. “Ser vereador em cidade pequena é difícil, muito mais do que hoje. Antes nem recurso tinha. Na época a Câmara era vinculada a Prefeitura
e nem verba para correspondência tinha. Na minha última gestão como presidente foi quando a gente conseguiu desmembrar e daí por diante as coisas caminharam diferente e o pessoal que ficou conseguiu
fazer o prédio”, conta.
Hoje em dia já não pensa mais em voltar a disputar cargo político no município, pois acredita que tudo tem sua época. “Na minha última disputa não fui eleito, até mesmo porque vai desgastando. Sempre tem
aqueles que apoiam e outros que criticam. Mas de qualquer maneira valeu a pena pela experiência”, disse. Ele ainda diz que pensou em ser prefeito. “Pra ser sincero eu até pensei, mas nunca tive condições
financeiras. Hoje graças a Deus as coisas clarearam mais e a gente leva uma vida saudável”.
Nascido, crescido e criado em Nipoã viu grande parte da evolução e aponta uma das grandes virtudes do município. “Apesar de alguém criticar, eu digo o seguinte, Nipoã está onde está graças as Usinas, o
pessoal trabalhou, construiu e geram empregos para muita gente. Teve uma época em que fiquei agregado na Usina puxando cana por 5 anos”, argumenta o ex-vereador.
Alves conta com é sua rotina nos dias de hoje. “As 05h já estou de pé, vou a academia, se tiver atividade no sítio vou fazer, volto, às vezes passo o dia na praça, jogo truco, não é sempre, mas as vezes
sim e gosto de estar envolvido com amigos”, descreve.
Ele ainda encerra com dizendo o que a cidade representa. “Aqui tenho muitos amigos que vem me visitar graças a Deus e tenho orgulho disso, pois acho que sou respeitado. Nipoã representa tudo pra mim, sou
filho daqui, já estou com 70 anos, pra mim Nipoã é a vida”, finaliza.