Aparecido Antônio Vita, mais conhecido como Vita da CESP, nasceu no dia 21 de junho de 1938, em Borborema. Foi criado em
Pereira Barreto-SP, município em que estudou até o quarto ano da época e trabalhou como mecânico de automóveis.
Aos 20 anos mudou-se para Indiaporã-SP. Casou-se em 24 de setembro de 1961 com Adilce de Almeira Vita, falecida há quase 2 meses. Tiveram quatro
filhos, Eder, Elinho, Écio e Luis Rogério. Têm também oito netos.
Morou em Indiaporã por 10 anos e mudou-se para Fernandópolis, onde ficou por mais 2 anos, foi caminhoneiro e motorista de ônibus, até se mudar para
Nhandeara, em 30 de janeiro de 1970.
Em Nhandeara veio a trabalho, como funcionário da Companhia Energética de São Paulo (CESP), com intenção de ficar por três anos no município. “Vim
para ficar temporariamente e em janeiro faz 45 anos, daqui não saio mais”, afirma.
Desde o início foi bem recebido no município. “Pessoal acolheu de braços abertos, mas também abracei todos como se fosse daqui. Sempre tive boas
amizades aqui, inclusive tem pessoas que chamavam minha esposa de mãe”, destaca.
Se destacou no município pelo ótimo trabalho filantrópico. “Trabalhei na diretoria do Lar dos Velhinhos por 25 anos, também fui presidente e continuo
sendo conselheiro. Estou sempre lá, não abandonei”, diz Vita. Na comunidade está sempre engajado em ajudar outras entidades, como Ielar e Bezerra de
Menezes em São José do Rio Preto.
Vita conta como era na época em que participava da diretoria do Lar. “A gente cuidava do Lar dos Velhinhos, acolhia as pessoas idosas e lá a
responsabilidades era nossa, para médicos, farmácia. Tanto faz se nosso grupo de pessoas é de diretoria ou não, estávamos sempre juntos e prontos para
socorrer. Era um trabalho de comunidade de irmandade”, conta.
Na época enfrentavam muitas dificuldades. “Não tinha aposentadoria, então fazíamos campanha pedindo ajuda nas ruas. O lar nunca recebia não pela
cidade, as pessoas estavam sempre dispostas a contribuir”, disse.
O ex-presidente do lar conta uma história interessante de colaboração. “Aconteceu conosco. Numa campanha que estávamos fazendo passamos em uma rua e
tinha uma casinha humilde e uma velhinha que morava lá. Não íamos nem pedir pra ela, passamos direto, mas ela veio até nós, chamou e tirou do bolso de
um avental uma caixa de fósforo e disse “isso aqui é para ajudar vocês a acenderem o fogão de manhã cedo”. Olha como era o coração das pessoas
humildes”, orgulha-se.
Mesmo com destaque no trabalho filantrópico, nunca pensou em fazer política. “Achava que como trabalhador no lar ia ser melhor do que como político”,
confia.
Se aposentou no ano de 1994 pela CESP como eletricista. “Foram 25 anos de trabalho. Tem muita história da gente aqui trabalhando nos matos para
encontrar problemas de energia, em baixo de chuva, daria um livro”, lembra Vita.
“Eu gosto muito de Nhandeara, passei a gostar daqui pela minha família, pois foi aqui que criamos os filhos e eles se casaram, criaram os netos. O que
conseguimos aqui através do trabalho nosso foi muito importante para nós, principalmente para os netos, que estão sempre juntos. Viram os trabalhos
que fiz no lar dos velhinhos e isso repercutiu muito bem na criação deles. Sou nhandearense de coração, sem dúvida”, conclui Vita.