segunda-feira, 2 de dezembro de 2024   | : :
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Adélio Bento Costa compartilha um pouco de sua vida em Nhandeara

Personalidade da Semana



Adélio Bento Costa compartilha um pouco de sua vida em Nhandeara

Adélio Bento Costa, filho de uns dos fundadores da cidade, afinal seu pai aqui chegou junto com Joaquim Fernandes de Melo. Adélio nasceu em 04 de março de 1930, no córrego da Onça, bairro rural de Nhandeara. Dalí foi com a família para o córrego Martins e ainda criança mudou-se para a cidade.

Aos oito anos começou a aprender alfaiataria. “Aprendi com Benedito Carlos dos Reis, um parente distante, a profissão de alfaiate. Trabalhei por muitos anos”, conta ele, que frequentou os estudos até o quarto ano da época e recebeu o diploma em 1944.

Trabalhou também em uma oficina mecânica. “Comecei como funcionário, oficial, na oficina do Oscar Pires, Pedrazoli e Antônio Barnabé. Os três eram sócios, foi em 1945, eles trabalhavam na Anderson Clayton, usina de algodão. Lá foram muitos anos também”, disse.

Depois passou a trabalhar na lavoura, como arrendatário. Trabalhava com trator, tombava, gradeava e plantava nos sítios de Nhandeara e região. “Trabalhei muitos anos, foi quando meu pai faleceu e suas terras foram repartidas entre os cinco irmãos, passei a morar no São Benedito. Continuei com a lavoura, cultivava algodão, milho e arroz. Hoje já fiz doação para os filhos. Antigamente era na base do arado, hoje é tudo na base da grade Roma, um exagero o tamanho dos implementos, modernização dos tratores”.

Casou-se em 1952 com Rosa Gusmão Costa, com quem teve três filhos, Mario Antônio Bento, Celso Reis Bento, os dois delegados, e Luiz Carlos Bento, comerciante. Tem quatro netas e uma bisneta. “Criamos os filhos aqui em Nhandeara, estudaram aqui e se formaram em São Paulo. Apoiava e ajudava eles”.

Trabalhou também em Poloni como mecânico de carro, “mas naquela época tudo o que aparecesse tinha que fazer”.

Adélio dedicou sua vida a família. “Sempre fui uma pessoa de muito trabalho, dedicava muito a vida da gente, nunca tive regalias, me dedicava a família”.

Ele conta que na época tudo era mais prazeroso. “Tinha uma irmã que trabalhava em São Paulo, eu tinha uma Kombi, pegava a mulher e os filhos, pegava milhos e ia pra lá, saia de madrugada, 3 horas, naquela época não tinha asfalto, era terra. Ia chegar lá de tarde ou a noite. Não tinha nada dessas paradas para ir no banheiro não. Chovia e passávamos um sacrifício danado, mas tudo era bom, tudo era gostoso”.

Faz comparações com os dias atuais. “Naquela época tudo era sadio, você não via as barbaridades que tem hoje, as pessoas tinham confiança um no outro. Quando era moço, era muito bom, tudo era correto, tudo que você plantava na terra tinha valor, hoje não tem mais jeito pra nada, só exploração, ladrão e bandido”.

Para finalizar, Adélio expressa um pouco do valor que a cidade tem para si. “Vi desde o começo, o finado meu pai era primo do Joaquim Fernandes de Melo (Joaquim Salviano), que é o fundador, quando vieram de Monte Azul compraram um sítio aqui, foi quando fundou e começou a cidade, desmatou e construiu a igrejinha. Nhandeara representa tudo pra mim, nascido e criado aqui, tudo que tenho está aqui dentro”.

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