O prefeito de Sebastianópolis do Sul, Waldomiro Meneguini, esclarece a população sobre a Operação Fratelli deflagrada pelo Ministério Público, “eu queria destacar que no dia 09 de abril, promotores do Gaeco e a Polícia Federal chegaram na prefeitura com ofício pedindo documentos de obras realizadas desde 2007, não tendo nenhuma ligação com a atual administração”, destacou.
O prefeito lembra também que apesar do deputado Itamar Borges ter sido citado em conversa telefônica não há nada que prove sua participação em suposto esquema que beneficiaria, em tese, a empresa DEMOP.
O caso
A Operação Fratelli investiga, desde 2007, as empresas Demop Participações e Scamatti & Seller, ambas pertencentes ao Grupo Scamatti, de Votuporanga (SP), e são acusadas de fraudes em licitações de obras de pavimentação e recapeamento em cerca de 80 municípios do interior paulista. Segundo informações do PF e do MP, as licitações sob suspeita atingem cerca de R$ 1 bilhão e podem configurar um dos maiores esquemas de licitações dirigidas da história do país.
O Grupo Scamatti é acusado de burlar licitações nas prefeituras por meio de cerca de 40 empresas, todas pertencentes ao conglomerado, entre coligadas e corporações de fachada, que participariam dos certames com ofertas combinadas de preços apenas para que a Demop e a Scamatti & Seller vencessem as disputas.
Das 15 pessoas presas durante a deflagração da Operação Fratelli, no dia 9 de abril, uma delas, o empresário Osvaldo Ferreira, é apontado nas investigações como principal interlocutor da Demop junto às prefeituras paulistas. Ele foi por oito anos assessor do deputado estadual Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil do governo de Alckmin.