domingo, 26 de janeiro de 2025   | : :
banner-728x90.png

Nipoã comemora aniversário em 2024


Nipoã comemora aniversário em 2024

No dia 08 de setembro o município de Nipoã comemora 120 anos de fundação e para comemorar a data a administração municipal estará realizando sua 2ª Festa das Nações de 05 a 07 de setembro.

As comemorações tiveram início nesta quinta-feira com apresentação da “Santa Ifigênia Banda Show”, “Pratas da casa” e apresentações das escolas locais.

Já nesta sexta acontece mega show com “Carreiro e Capataz” e “Mila Menin” e no sábado, sobe aos palcos “Juan Marcus & Vinicius”, “Banda Gplay” e Grupo de dança GODAP.

Todas as noites houve a participação do DJ Robertinho e é claro a festa maior ficou por conta das barracas de comidas típicas de vários países.

*A Essência do Lugar – Parte I – Nipoã/SP – Setembro/2019*

Nasci e fui criada aqui, assim como a maioria dos habitantes de Nipoã. Não acompanhei o início de toda essa história; não estava presente quando Dom Pedro passou por Nova Brasília, fundada pelo saudoso Antonio Sabino Sobrinho, e deixou algumas moedas portuguesas. Não estive no dia 8 de setembro de 1904, quando o cruzeiro de madeira foi erguido na fundação da pequena Boa Vista da Cachoeira do Avanhandava, e também não vi em 1955 a cidade ser emancipada.

Não participei da plantação das árvores na praça, nem vi João Vasques perder a eleição para prefeito por apenas três votos de diferença. Não brinquei nas ruas cheias de arroz na época da colheita e não vi o senhor Zé Piau ajudar famílias carentes com sacas de arroz e feijão... Acredite, há pessoas que até hoje são muito gratas pelas suas ajudas.

Não vi a prefeitura ser (junto ao pátio) no antigo prédio do Ginásio Estadual de Nipoã (GEN) e não sou eu nas fotos das crianças no antigo coreto da praça matriz.

Não fui para a escola em caminhão aberto e nunca vi a fanfarra tocar. Não vi as ruas da cidade quando ainda eram apenas de terra. Nunca ouvi uma única história sensacional sobre o famoso “Tonho Louco”, nem fui examinada pelo DR. Gilberto, que na verdade não era doutor, mas sim farmacêutico.

Não fui a um baile no antigo Nipoã Clube e não participei de todas as festas de peão organizadas pelo prestigiado José Carlos Cardoso, a Expoã.

No entanto, conheci Dona Maria do Pelé, Dona Candinha, Seu Sabino, Seu Hagapito — pessoas que marcaram um passado não muito distante e muitos dos quais ainda ajudam a escrever a história da jovem Nipoã.

Vi a perda irreparável de membros que contribuíram para a evolução da cidade, vi o adeus doloroso de famílias e da própria cidade: Dr. Sidney Scaff, José Carlos Cardoso, o saudoso Fuscão, Carlos Manana, Luiz Zanata... Vi jovens partirem cedo, como João Paulo Pedrassa, Bruno Ferreira, Júlio Theodoro, Paulo Ricardo Berteli da Silva, o Pica Pau, e Flávio Gordo. “Vivi” gente de bem, que sorri fácil e não deseja mal a ninguém.

Pedi ao Bichinho, um pulinho. Fui chamada de “ô menina feia” pelo Tonho Formigão. Vi o Luizão do Patim dançar capoeira, e falar orgulhoso de seus filhos. Conheci o Darto, que esbanja felicidade quando lhe dizemos um simples bom dia; a gratidão dele transborda. Comi o melhor bife no almoço, o da Dona Nega. Servi Coca-Cola ao Brás.

Na terceira série para uma roda de perguntas e respostas, Dona Candinha foi a entrevistada. Lembro-me do seu jeitinho delicado, enquanto contava orgulhosa sobre sua longa vida e as vitórias que almejadas.

Ainda criança, quando fazia o Projeto Guri, lembro-me de cantar um hino da cidade composto pelo professor de violino. Mesmo com sua passagem rápida por aqui, teve a sensibilidade admirável de escrever trechos cheios de verdades:

“Bom lugar, pra nascer. Bom lugar, pra viver”.

Nipoã, o que é que você tem? Qual é o teu segredo? Deve ser tua água!

Gratidão, terrinha!

Tanatiele Santos Zanata

Setembro/2019

Galeria de Fotos

Comentar

Compartilhar


Top