O Jornal A Voz do Povo entrevistou os prefeitos dos municípios em que o jornal circula, para saber deles como está sendo este início de mandato.

Confira a resposta de cada um.

Floreal - João Manoel de Castilho

Embora eu não goste muito da reeleição, a gente quando é reeleito cria anticorpos, amadureci muito na minha primeira administração e tenha certeza tudo que fiz errado, não vou fazer mais, me policio muito para não cair nos mesmos erros e também para não me acomodar e para não cair no marasmo (que considero os pontos negativos da reeleição). Por isto mesmo tenho muitas coisas novas para por em prática, muitas ações diferentes, estou me reunindo com todos os vereadores aliados para que possamos elencar os problemas, estabelecer prioridades e juntos encontrarmos as soluções, com criatividade e bom senso. Não teremos muitas mudanças, principalmente pela falta de suporte financeiro, apesar de termos fechado o ano muito bem, com dinheiro em caixa, mas temos muitos investimentos a fazer, como um novo anfiteatro a ser construído e apesar da nossa situação financeira ser mais favorável em relação ao primeiro mandato, vou segurar bastante, porque sei que teremos um ano difícil, mas não quero que o funcionalismo perca, por isto já em janeiro vamos fazer a reposição salarial.

Resumindo, reassumo com os pés nos chãos, com mais experiência e com muita vontade de fazer um governo melhor do que o anterior, quero surpreender, quero que os munícipes tenham orgulho de morar em nossa Floreal. Não tenho medo, não tenho receio, a equipe continua muito boa e tenho certeza que vamos governar Floreal por mais 4 anos sem decepcionar tanto aqueles que votaram em mim quanto os que não votaram porque queremos o melhor para Floreal como um todo.

Gastão Vidigal – Roberto Breseghello

O momento do país é de recessão e exige cuidados, administrar com os pés no chão.

Tudo dentro do previsto, estamos saldando o resto a pagar e administrando conforme vão surgindo as necessidades.

Hoje em nosso município a prioridade é saúde e geração de empregos, assumimos com o município mais ou menos em ordem financeiramente falando.

De imediato o que a gente vai investir é na saúde, adequar as coisas, melhorar, estamos tendo apoio dos vereadores e acho que não vamos ter problemas, frota boa, só com aquelas manutenções necessárias.

Macaubal – João Florentino Neto

Estamos assumindo o município com dívida de R$ 7 milhões. A frota toda sucateada. Problema na água, por não termos lagoa de tratamento. Não temos o aterro sanitário, estamos providenciando. Foi deixada a folha de pagamento de dezembro e o 13º salário. Hoje estamos pagando a folha de pagamento da administração anterior referente a dezembro de 2016.

Dentro dessa dívida, também está R$ 1,5 milhões de energia, estamos negociando com a empresa. Macaubal ficou um ano sem pagar a energia da cidade.

Estamos fazendo o possível para colocar a cidade no rumo certo. Estamos montando uma equipe de pessoas técnicas e capacitadas para fazer um governo de primeira, trabalhando com transparência e honestidade para o povo. Governo direcionado para o município e para o povo.

A prioridade é fazer o município andar, fazer a lagoa de tratamento e arrumar o sistema de água do município. Pagar o que é mais urgência, conta de luz, fundo de aposentadoria, salários. E voltar a receber novamente convênios estadual e federal.

Já temos emenda para o CRAS, carro para saúde, emenda para o barracão do lixo reciclável, lagoa de tratamento. E vamos acertar também a saúde e educação. Vamos construir a Creche Escola, já tem uma parte do dinheiro depositado para compra do terreno.

Macaubal ficou 12 anos parada, agora nosso governo vai colocar o município no eixo.

De imediato estamos resolvendo a questão da educação, para começar a funcionar, a saúde também. Vamos fazer urgente a lagoa de tratamento, pois o município está recebendo multa todos os meses. O aterro é outro problema sério, já temos o terreno comprado e vamos agir em cima disso. E ir atrás de emendas para melhorar o município.

Magda - Viviane Caselli

Pegamos as finanças em dia mas temos que fazer uma boa gestão, para continuarmos com dinheiro em caixa, pois, na verdade este caixa é fruto de ITBI, portanto algo que não acontece rotineiramente, só em dezembro recebemos R$ 2,4 mi deste imposto e outros R$ 677 de repatriação.

Logo de início tivemos alguns casos emergenciais, como reparo na frota, é preciso fazer várias revisões em diversos veículos, porque nossa frota está sucateada, a limpeza imediata do prédio da prefeitura que estava insalubre devido a fezes de pombos, uma epidemia de escorpião na cidade, mais de 60 casas em situação de risco, tudo isto causa algum impacto no orçamento, mas vamos fazer contenções para continuar com nossas contas em dia.

Sentamos com todos os diretores e cada um vai fazer relatório de seu setor e a partir daí vamos elencar prioridades e trabalhar em cima delas.

Maior problema é o índice da folha de pagamento, que ultrapassa os 54% permitido por lei, a gente vai fazer de tudo para poder reduzir, porque atravanca a administração.

Nós temos uma educação boa e estamos agregando novos valores, com pessoas capazes, o mesmo estamos fazendo na saúde. Estamos fazendo mudanças em alguns setores, mas todos são capazes, de nossa confiança, e com o mesmo pensamento nosso, de fazer um governo sério, honesto, austero, tentar ficar sempre no que arrecadamos, mas precisamos de uma reforma administrativa e na área da saúde.

Queremos parcelar os impostos, estamos fazendo levantamento para ver a real situação, dos impostos a receber e como e se podemos parcelar, vamos estabelecer taxas para comércio que vem de fora, vamos prestigiar os comerciantes de Magda.

Já começamos a arrumar as estradas, tivemos renovado o convênio do Microbacias II – para 2017, de reforma e adequação de estradas rurais, a continuação da creche escola que a gente pretende encerrar este ano. Temos um carro chegando e uma emenda de R$ 35 mil para o CRAS que será usado para equipamentos. Vamos fazer algumas adequações no prédio da UBS (Unidade Básica de Saúde), pequenas reformas de reparo.

Queremos um governo de muito diálogo, tratando as pessoas muito bem, com carinho, vai ser um governo de parceria com a câmara, vamos consultá-los para a tomada de medidas, nossos vereadores vão ser prestigiados, porque somos dois poderes mas todos pensando no bem do povo.

Monções – Douglas Honorato

Está tranquila a transição para o novo mandato, pois já sabíamos das condições as prefeituras, eu mesmo preparei os últimos quatro anos. Graças a Deus passamos sem restos a pagar, com recursos em caixa e tudo em dia. Agora é um novo desafio por conta da crise que só aumenta.

A prioridade é gerar mais emprego para que as pessoas possam ter renda e cuidar da saúde, que está senda judicializada, o que dificulta cumprir com o orçamento do município. Para isso, já está em fase final de negociação a aquisição de uma área de 3,5 alqueires para que novas empresas possas se instalar no município. É uma área localizada em frente ao trevo da Usina Virgolino de Oliveira e que a prefeitura vai doar terrenos para as impressas interessadas em se instalar em Monções.

E estamos contratando “home care”, através de microempreendedores individuais do município, pessoas que foram treinadas em cursos do CRAS, para que os idosos possam ter melhor qualidade de vida, com isso também geram renda para essas famílias dos cuidadores.

Nhandeara – José Adalto Borini

Iniciamos a administração com pé no chão, até mesmo pela crise que o país atravessa e vamos trabalhar junto, ouvindo a população.

Pegamos a prefeitura, com dinheiro em caixa da repatriação R$ 1,019 mi e convênios em R$ 652 mil da Pró infância e R$ 238 mil ESF – setor Leste mas com R$ 1,074 mi de encargos a pagar.

Em vista dos outros municípios nossa administração está controlada, obras para acabar, com licitações prontas e outras que temos que ir atrás de convênios para finalizar como a do Centro de Saúde, hoje precisamos de R$ 2,5 mi para terminar e não existe nenhum convênio assinado.

Nossa maior preocupação hoje é com a situação do Programa ESF, vamos desvincular a associação com a prefeitura, contratar 3 médicos pela prefeitura, alimentar o Programa para receber recursos e vamos abrir concurso para legalizar.

Organizar a saúde, precisamos de mais duas ambulâncias. Na Educação vamos mudar o sistema de ensino, queremos apostilado, com educação de ponta e cursos profissionalizantes para professores.

Vamos investir na habitação.

Minha prioridade é comprar um terreno para repassar para indústria, pois geração de empregos com a vinda de novas empresas para Nhandeara é nossa prioridade.

Nipoã - José Lourenço

A grande verdade é que peguei um município com muita dívida, muitos problemas, maquinários sucateados, problemas no social, na saúde, mas devagar, com Deus na nossa frente, vamos fazer esta cidade andar de novo, eu peço que o povo tenha um pouco de paciência que devagarinho vamos colocar tudo pra funcionar, com muito carinho porque é isto é do povo, tudo é do povo, não passamos de empregados do povo.

A prioridade é por a cidade andar, caminhar, porque estava parada, abandonada em termos de limpeza pública, no social e não criticando ninguém, tenho um trabalho diferente, um modo de pensar diferente, este é o meu jeito de ser, trabalhar com maior carinho, com empenho porque o povo merece a nossa atenção, merece nosso respeito.

A real situação é esta, minimamente deve-se em torno de 3 milhões, mas ainda não terminamos o levantamento. Temos desvio de finalidade com recursos repassados pela CDHU, com convênio com o Ministério da saúde, com o FUNDEB. As prestações de contas estão todas atrasadas, como exemplo temos a merenda escolar, que nos últimos dois anos não veio verba federal porque não prestou contas.

Só para a Elektro devemos R$ 360 mil, estamos parcelando o possível, temos ainda dívidas com a SABESP, precatórios parcelados atrasados. No dia 10, tivemos R$ 128 mil retido do FPM, para saldar dívidas com a previdência e corremos o risco de ter outros R$ 200 mil retidos no próximo dia 10, então temos que correr, terminar o levantamento, parcelar o que for possível e administrar pois até a nossa Folha de pagamento está comprometida.

Nova Luzitânia - Laerte Aparecido Rocha

Apesar de já ter sido prefeito, os tempos são outros. É uma nova administração.

Pegamos a prefeitura com as finanças equilibradas, mas já podemos constatar que a arrecadação é insuficiente, não é compatível com a demanda do município, só está equilibrada por causa da repatriação, mas é um dinheiro que não se pode contar, então é preciso efetuar cortes, é preciso administrar com gestão.

O prefeito hoje é gestor, mas foi um início bom, estou implantando meu jeito de governar, tem que governar, sabia das dificuldades, remanejei funcionários, não implantei equipe nova para não impactar a folha com a nova administração.

Pretendo fazer um mandato mais transparente, já reuni com todos os funcionários, com todos os vereadores, e abri a prefeitura para todos, reuni com as autoridades religiosas, pretendo fazer um mandato muito transparente não estou preocupado em não poder dizer “Não”, tenho que fazer o que é necessário;

Prioridade é governar com aquilo do que se tem, colocar tudo em dia, fazer com que a população tenha orgulho em viver em Nova Luzitânia, vou continuar lutando pelas 120 casas e fazer de tudo para conseguir o anel viário que perdemos por causa de documentação.

Estou confiante, já fizemos um mutirão de limpeza e pintura e todos que podiam nos ajudar no dia se prontificaram, foi muito bom.

Poloni – Antonio José Passos

O ano de 2016 serviu para colocar a casa em ordem e o mais importante foi que iniciamos 2017 com mais de R$ 1,8 milhões de superávit e agora eleito pelo povo.

Temos algumas prioridades, entre elas, a regularização do Mini Distrito Industrial, criação de quatro cargos pontuais que durante o ano passado eu detectei que faltavam no município e a reforma do Centro de Lazer, além de investimentos na saúde e educação.

Ontem o deputado Itamar Borges esteve no gabinete e já enviei alguns ofícios para ele. Também já vamos adquirir alguns veículos com recursos próprios, uma ambulância, um veículo para o Conselho Tutelar e outro para a Vigilância Sanitária. Em breve também teremos a inauguração do segundo bloco da UBS. E estamos investindo na educação, com total apoio as crianças da EMEI Luiz Antonio Poloni Rizzato que receberão um kit escolar na volta às aulas com uniformes e materiais escolares.

Temos sempre que ir atrás de recursos e agora é a hora.

Sebastianópolis do Sul – José Antônio Menoni Espíndola

Estou assumindo o governo interinamente devido ao problema com o prefeito eleito, José Antônio Abreu do Valle, acho que teremos alguns meses a frente do município, sou funcionário da saúde e vi, que como vereador, podia ajudar a comunidade por isto me candidatei, fui o vereador mais votado e por um acaso me tornei prefeito mas tenho muita vontade de fazer o melhor, tenho respaldo de companheiros experientes e fé em Deus.

Em termos financeiros, temos um resto a pagar mas não dívidas preocupantes, o pior foi a frota sem manutenção.

Em um primeiro momento já senti que teremos que fazer muito gasto na parte da saúde, na frota, temos dificuldades no PRONAF, tapa buracos, limpeza de bueiros, e por aí afora, estamos arrumando o que podemos fazer, atendendo as prioridades, fazendo parcerias.

Vamos tentar levar estes meses com seriedade, não está sendo fácil, mas estamos lutando, com fé em Deus, para fazer o melhor, superando os obstáculos, primeiro mês está difícil, mas acharemos o caminho.

Quero deixar Sebastianópolis com “uma cara diferente”, não tenho experiências, mas sou honesto, sou filho de gente honesta, e devo muito à eles. Peço a Deus que me ajude a fazer um bom trabalho nestes meses, com cabeça erguida, e com a missão cumprida voltarei para câmara, quero trabalhar lá e ajudar muito na saúde.

Turiúba - Rubens Fernando de Souza

Peguei um município com pagamento em dia, mas a frota e os prédios públicos sucateados. Cada prefeito tem sua gestão e sua equipe, então fiz algumas mudanças e pretendo fazer outras para atender o anseio da população e melhorar a qualidade de vida da comunidade.

Minha prioridade é as casas da CDHU que estão em andamento, estive em São Paulo, são 136 casas e o convênio para construção está em fase de licitação, a construção começa este ano, é a prioridade da população porque há bastante tempo que não tem casa popular para os munícipes.

Fui na Secretaria da Agricultura, tinha convênio em aberto e fui para executar, pois é referente a melhorias de estrada e nosso município necessita. Precisamos de recape, de ônibus. Saúde e educação, são nossas prioridades.

União Paulista – Cleusa Gui Martins

As dificuldades existem e é tudo novidade. Estou tendo que aprender e é um aprendizado que requer muita atenção, muito tempo. E o tempo ficou muito curto.

A maior dificuldade ao receber o município foi ter encontrado em cada setor um problema de funcionamento. Não recebi com dívidas, apenas uma folha de pagamento para fazer, mas com dinheiro em caixa para isso. A frota está com veículos sucateados, ônibus com motor fundido, máquinas quebradas, sem bateria. O carro do gabinete foi para oficina assim que tomei posse e saiu ontem. Estamos com o posto de saúde sem medicamentos, com muitos exames a serem feitos. As aulas estão para começar e estão faltando alimentos para a merenda.

A prioridade é saúde e educação. Na saúde estamos suprindo com a compra de medicamentos e odontológicos, mas ainda vai faltar algumas coisas, pois estava sem nada. Sobre as escolas, ainda não começaram as aulas, mas a gente vai fazer o possível para interagir e integrar com as escolas em tempo integral, pegar em cima da parte pedagógica e alimentação, para dar suporte total. Temos uma coordenadora de educação muito boa.

Estamos também observando os lugares para mandar a frota para conserto, principalmente as destinadas para área da agricultura, que estão bem precárias, além dos ônibus para transporte de trabalhadores.