sexta-feira, 19 de abril de 2024   | : :
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Heveicultores ganham mais tempo para se adaptar à técnica que garante mudas sem pragas


Heveicultores ganham mais tempo para se adaptar à técnica que garante mudas sem pragas

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, assinou esta semana, resolução que prorroga o prazo para a comercialização de mudas de seringueira produzidas no solo. O objetivo é estender até 30 de abril de 2017 para que o heveicultor paulista se adapte à nova técnica desenvolvida pela Secretaria, com mudas totalmente livres de pragas por não serem cultivadas diretamente no chão.

Preocupada com o produtor, a Secretaria alterou resolução de 2013 que estabelecia 31 de dezembro de 2015 como prazo final para o comércio de mudas cultivadas no solo. A mudança foi motivada a pedido dos próprios heveicultores, ainda não preparados economicamente para realizar a mudança no cultivo e instalar a nova técnica.

“O governador Geraldo Alckmin e nós da Secretaria sabemos o quanto a heveicultura é um importante setor da economia paulista, gerando muitos empregos diretos e indiretos. Essa mudança de técnica no cultivo será essencial para melhorar ainda mais a qualidade da nossa produção de mudas de seringueiras. Por isso é importante que todos se adaptem”, destaca o secretário Arnaldo Jardim.

A nova técnica da Secretaria foi desenvolvida por meio do Escritório de Defesa Agropecuária de Barretos (EDA Barretos), da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal. A única que será aceita no mercado de mudas a partir de 1 de maio de 2017, deixa as plantas suspensas em uma bancada de pelo menos 40 centímetros de altura em vez de cultivá-las diretamente no chão. Isso impossibilita a contaminação de pragas de solo e raízes como o nematóides meloidogyne e o nematóides pratylenchus.

A técnica possibilita ainda uma melhor qualidade do sistema articular da muda, deixando-a mais vigorosa, crescendo de forma mais ordenada e uniforme. Elas são plantadas em substrato de origem vegetal, principalmente casca de pinos, e ficam dentro de sacolas plásticas em cima da bancada.

O novo sistema já vem sendo utilizado com sucesso há dois anos e proporciona uma rastreabilidade completa dos materiais utilizados na produção da muda, e isso melhora também a qualidade genética dela. Acostumados, há 40 anos, a cultivar direto no solo, os viveiristas e produtores em um primeiro momento se mostraram desconfiados com a nova técnica, mas agora já a aceitam e reconhecem sua maior produtividade e qualidade.

Os viveiristas, mais que o produtor de borracha, pois desconheciam o processo, por isso foram realizadas reuniões para difundir a novidade, regra a partir de 1 de maio de 2017.

Fonte: Secretaria de Agricultura de S. Paulo

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